AS ESPÉCIES DE FILOSOFIA, A ORIGEM E A ASSOCIAÇÃO DAS IDEIAS NAS INVESTIGAÇÕES SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO E SOBRE OS PRINCÍPIOS DA MORAL DE DAVID HUME

2838 palavras 12 páginas
AS ESPÉCIES DE FILOSOFIA, A ORIGEM E A ASSOCIAÇÃO DAS IDEIAS NAS INVESTIGAÇÕES SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO E SOBRE OS PRINCÍPIOS DA MORAL DE DAVID HUME

Maria Tereza Schneider de Araújo

RESUMO: O objetivo deste é pontuar aspectos relevantes sobre o entendimento de David Hume para chegar-se ao conhecimento, considerando influências recebidas de seus antecessores, o seu método e conceitos por ele utilizados nas três primeiras seções de sua obra Investigações Sobre o Entendimento Humano e Sobre os Princípios da Moral.

PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento. Impressões. Ideias. Hume. Experiência.

INTRODUÇÃO
O escocês David Hume (1711 a 1776) nasceu em Edimburgo, tornou-se um dos mais importantes filósofos do século XVIII. Dividiu com o inglês John Locke (1632 a 1704) a defesa da experiência como única fonte possível à elaboração racional; era um empirista. Diferente de Locke, que defendia que a mente do homem ao nascer era uma “folha em branco” a ser preenchida pela experiência sensível, Hume era também cético quanto a uma fundamentação para que aprendemos, com base na experiência. Estes dois empiristas postulavam que toda ideia é sempre posterior à experiência sensível, isto é, o conhecimento parte das sensações e vai gradativamente gerando as ideias e até controlando a razão.
A experimentação alcançou seu apogeu com David Hume:
... o empirismo alcançou suas próprias colunas de Hércules, ou seja, aqueles limites para além dos quais é impossível avançar. Despojando-se dos pressupostos ontológico-corporeístas presentes em Hobbes, do componente racionalista-cartesiano presente em Locke, dos interesses apologéticos e religiosos presentes em Berkeley e de quase todos os resíduos de pensamento provenientes da tradição metafísica, o empirismo humiano acaba por esvaziar a própria filosofia dos seus conteúdos específicos e admitir a vitória da razão cética, da qual só pode se salvar a primigênia e irresistível força da natureza. (...) O homem-filósofo

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