AS ESPECIFICIDADES DO MICROEMPREENDEDORISMO ASSOCIATIVO

AS ESPECIFICIDADES DO MICROEMPREENDEDORISMO
ASSOCIATIVOI
Palavras-Chave: empreendedorismo, associativismo e economia solidária
Andressa da Silva CorrêaII
As iniciativas que fazem parte da economia social e solidária têm seu princípio em atores oriundos de diferentes experiências econômicas. Na gestão do empreendimento associativo, estas vivências se mesclam, gerando lógicas distintas das encontradas na típica empresa capitalista. Entretanto, os programas de apoio parecem ainda não incorporar esta discussão, partindo de um padrão único de avaliação e promoção destes pequenos grupos.
Assim, este trabalho irá descrever o cenário brasileiro das micro e pequenas empresas individuais e associativas, contrastando-o com a concepção empregada pelo Serviço
Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE. Este confronto tem a intenção de discorrer sobre as concepções correntes de empreendedorismo, percebendo em que medida, estas podem ser validadas a pequenas organizações individuais e associativas.
Neste caminho, inicialmente faremos uma retomada da importância que se revestem as questões relacionadas aos microempreendedores atualmente. Logo, expomos alguns dados nacionaisIII que retratam a realidade das pequenas organizações econômicas. Posteriormente analisamos o modelo SEBRAE, principal instituição nacional a tratar da temática, através de uma análise documental, de caráter qualitativo. Por fim, apontamos as insuficiências deste marco teórico e prático para a compreensão do microempreendedorismo individual e associativo, inferindo caminhos para crítica propositiva e alternativa ao modelo estabelecido.
I - A importância do microempreendedorismo
No Brasil, os benefícios do capital, da ciência e da tecnologia não garantiram o bem estar da nação, como professavam os governos desenvolvimentistas a partir da metade do século XX. Desde então, as desigualdades sociais aumentaram e se constituem ainda como uma das problemáticas mais relevantes de