Artigo

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE COMUNICAÇOES E ARTES

TÌTULO DO TRABALHO
Subtítulo

São Paulo
2014
RESUMO

A vida não existe sem comunicação. Na Grécia antiga se inicia uma discussão sobre a importância do discurso e da retórica, e Aristóteles com seu livro Arte retórica ainda forma a base dos tantos discursos das mais variadas mídias que encontramos atualmente. A sociologia, partindo de Durkheim, também nos aponta para estudos iniciais de comunicação e educação, como fatores fundamentais para a socialização. A arte, a sociologia e a comunicação atravessam suas fronteiras e entram em processo de transdisciplinaridade. As teorias da comunicação que surgem apenas no século XX não dispensam o uso dos saberes sociológicos e artísticos.
Observando a semelhança entre os conceitos de educação, arte e socialização, sugerimos que a Escola de Frankfurt estendia suas críticas aos sistemas educacionais, e, sua contribuição para o pensamento da América Latina, como enfatiza Jesús Martín-Barbero, auxiliou no caminho para outras buscas, passando por estudos de recepção até a consolidação de um novo paradigma nosso conhecido por educomunicação, que hoje, cumpre uma função muito semelhante a da arte na história da humanidade.

Palavras-chave: discurso; socialização; artes; teoria crítica da comunicação; educomunicação.

A comunicação esteve presente desde o início da humanidade. Sejam por pinturas rupestres, sinais de fumaça e mais a frente a representatividade dos xamãs, líderes espirituais que transmitiam mensagens de outras dimensões às suas comunidades, como menciona Joseph Campbell (1990). Não existem sociedades sem comunicação. Entretanto, a questão das teorias da comunicação é apenas discutida no início do século XX, com a teoria matemática, que vê a comunicação apenas como transmissão de informação. Na Grécia antiga, tais interações eram estudadas e entendidas por outros