ARTIGO SOBRE EVOLUCIONISMO SOCIAL E POSITIVISMO

A construção da sociedade brasileira é marcada por desigualdade social onde a miscigenação (negro, branco, índio) não se equivale, ou seja, é como se por exemplo, o negro e o índio fossem negados toda a sua importância, construção histórica, com direitos e deveres. Se comparado com o branco visto numa posição mais privilegiada, identificando-o com: poder, força, prestígio, sabedoria, esperteza, o que pode ser identificado no início do século XIX na obra o Cortiço (Aluízio de Azevedo). Obra esta que aborda dois homens de raça branca com ideais completamente diferentes que passam a ocupar também posições, papeis sociais tão distintos. O que representa uma visão classista, de escolha.
E cabe aqui, a nossa indagação, inquietação para o que, a quem devemos servir numa (re)construção de uma sociedade mais humana, igualitária.
Historicamente, o caso mais gritante e assustador é o negro tão despossuído, marginalizado, visto tão somente como força de trabalho, muitas vezes pesado, brutal, além dos maus tratos (açoites). Em alguns momentos, o índio tão idealizado aos moldes europeus, invencível é mais privilegiado e poupado que o próprio negro.
A abolição da escravatura (1888) representou um divisor sobre a importância socioeconômica do papel do negro que não conseguindo trabalho nas cidades, fica preso junto ao seu dono, visto que já estava acostumado, habituado a tais serviços.
Somam-se a isso, as festas populares (carnaval, candomblés) que revelam uma certa identidade a determinados grupos que continuam em busca de suas conquistas, espaços, capazes de se ligarem a diferentes mundos, ultrapassando barreiras, muralhas como modo de melhor convívio de um com outro numa forma de se juntar e ser juntado.
E é nessas festas fragmentadas, descentralizadas que o grupo se contagia e é contagiado em suas fantasias, imaginações, alegrias, ainda que momentaneamente. Distribuindo sorriso, satisfação entre os participantes e aqueles que estão para apreciar tal espetáculo, o homem