Artigo Pos Gradua Ao Psicopedagogia Clinica
Soraya Gracês da Silva Pereira2
RESUMO
A prática da leitura é um tema recorrente em todas as escolas e em qualquer país do mundo, todavia no Brasil há uma situação paradoxal sobre a atividade de leitura e sua significação para o aluno no contexto escolar e no contexto social. É ponto pacífico o entendimento de que a leitura, mais do que um processo de decodificação de símbolos arbitrários em imagens fônicas, é uma forma encontrada pelo ser humano para a concretização de seu pensamento e para a transmissão de conceitos e valores que ele intenta ter sobre a sua sociedade e sua comunidade. Ler, neste caso, nos segundos anos do ensino fundamental reveste-se de toda uma caracterização especial, pois é um momento de contato que o aprendente vai ter com diferentes visões e valores do mundo, por isso essa prática deve ser significativa dentro de prática significativa em sala de aula, sob o risco de ela se tornar mero passatempo sem significações e sem simbolizações para a vida do aprendente.
Palavras-chave: Leitura. Simbolizações. Atividade significativa. Relações humanas.
1 INTRODUÇÃO
O tema deste trabalho, mais do que um exercício de análise, traz uma provocação sobre o processo de leitura que o aluno faz em sala de aula e dos diversos processos de leitura que ele faz ao longo da vida, apesar dessa leitura não ser aquela - infelizmente -, valorizada nas nossas escolas de educação fundamental.
Quando abordamos o tema leitura, estamos, com certeza, no campo puramente teórico que ensejam discussões apaixonadas entre defensores de diversas teorias pedagógicas sobre o que vem a ser a leitura e como ela deve ser estimulada e introduzida na vida escolar do aluno.
Segundo Soares (1997), a partir da década de 1980, com os estudos de Ferreiro e Teberosky, posturas teóricas sobre a alfabetização passaram a ser questionadas e revistas.