Artigo Opinativo - Beagles para dar e vender

BEAGLES PARA DAR E VENDER
Lucas Patrick do Carmo Silvério de Souza, Estudante de Jornalismo, 1º ano.

Recentemente, ativistas em defesa e proteção dos animais invadiram o laboratório do instituto Royal localizado em São Roque (SP) e conseguiram resgatar 178 cães da raça Beagle. A grande motivação foi a suspeita dos maus-tratos provenientes de experimentos dermatológicos e de medicamentos, que segundo os ativistas, eram feitos de maneira descuidada e totalmente abrasiva à saúde animal.

Uma denúncia anônima foi o estopim para que os ativistas ganhassem força: um morador da região alertou que os cães após adoecerem, devidos os experimentos, eram levados ao extremo dos testes, e com isso, vinham a óbito.
O Instituto em nota, diz que realiza todos os experimentos em animais segundo as normas e fiscalizações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, contudo, o cenário desolador e a aparente fragilidade na saúde dos Beagles, como visto nas imagens e fotos, mostram uma cena triste.

O acontecimento fomenta a discussão popular, que pesa por um lado os avanços tecnológicos e medicinais que, até então, não encontra outra maneira de realizar os testes de medicamentos de maneira segura se não o uso de organismos vivos em toda sua complexidade. Por outro lado, o sentimento de culpa e indignação em massa que são ampliados no discurso da real necessidade da realização de experimentos em animais.

“Se a experimentação animal fosse proibida, eu não daria dois, três anos para eles descobrirem tecnologias substitutivas bem mais precisas, bem mais seguras pra humanidade”, diz a advogada presidente da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), Vanice Teixeira, em entrevista ao Fantástico.

Será este o incentivo para criar soluções diferentes? A declaração da advogada tem relação com a história da humanidade. Não é novidade de que o mundo se desenvolve muito mais facilmente em situações extremas como em guerras, surtos de doenças, holocaustos... A