Artigo Complexidade Nas Organiza
Antônio Sales Rios Neto∗ www.antoniosales.blogspot.com “O que deve desenvolver-se é a pilotagem das máquinas, não a maquinização do piloto.”
Edgar Morin
A proposta deste artigo é refletir sobre a ciência da complexidade, no sentido disseminado por pensadores contemporâneos como o sociólogo francês Edgar Morin, e observar suas implicações para as organizações (empresas e instituições) e para a prática da gestão na atualidade. O paradigma da complexidade, também conhecido como “Nova Ciência”, é validado por um complexo de teorias que vêm se desenvolvendo nas últimas décadas – por isso o motivo de chamá-lo ainda de paradigma emergente. Estas novas teorias formam um arcabouço científico para uma nova visão de mundo, ou o que a comunidade científica chama de pensamento complexo, um pensamento que se propõe a complementar a limitada visão newtoniana-cartesiana construída durante o século XVII – a metáfora do universo-máquina que moldou a era industrial.
Paradigma este, ainda dominante, hoje na sua versão econômica, ou seja, na metáfora do universo-mercado. As teorias da complexidade mais conhecidas, dentre várias que estão surgindo, são a teoria do caos, autopoiese, teoria dos fractais, estruturas dissipativas e lógica fuzzy. Todas elas com várias aplicações em nosso cotidiano tanto em termos de desenvolvimento humano quanto tecnológico.
Essencialmente, o paradigma da complexidade, como veremos com mais detalhes adiante, introduz uma nova concepção de mundo que se iniciou no campo da física por meio dos trabalhos de Einstein, Heisenberg, Bohr, Dirac, Schröedinger e outros. Depois, estas idéias estenderam-se a várias áreas do conhecimento humano e passaram a ser desenvolvidas por renomados pensadores da atualidade como Humberto Maturana, Edward Lorenz, Benoit
Mandelbrot, Gregory Bateson, Rupert Sheldrake, Felix Guatari, o Nobel Ilya Prigogine, Amit
Goswami, Fritjof Capra, Murray Gell-Mann, Jared Diamond e Edgar Morin, que vem dando
notável