Arthur schopenhauer – vontade e representação

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Para Schopenhauer, o mundo é vontade, e vontade se faz representação, representação é uma vontade disfarçada na individuação. A representação é o mundo tal como nos aparece na sua pluralidade, porém, essa pluralidade representativa que o homem cria, é organizada e articulada no espaço e no tempo. Representação implica o envolvimento das noções de sujeito e objeto, ou seja, quando falamos em sujeito, logo remetemos a um objeto. A representação no material é tudo aquilo que se coloca diante de nós para auxílio do entendimento.
A vontade é um impulso ofuscado, presente em todos os seres vivos, ela não é acessível à razão, mas se mostra através da razão. O objetivo da vontade não é senão a satisfação, mas essa vontade não pode ser satisfeita plenamente, por que o mundo não nos permite, existem milhares de obstáculos que nos impedem de satisfazê-la, essa é uma das razões para que Schopenhauer considere o mundo como causador de dor e sofrimento.
A vontade é um movimento constante em busca da satisfação, para Schopenhauer, o homem é vontade e é somente no corpo é que podemos perceber as manifestações da vontade, dessa forma ele coloca o corpo como questão essencial na busca do conhecimento. Mas se habitamos um espaço-temporal, fora das adequações da vontade, como ela se apresentará ao mundo? A representação se manifesta como expressão da vontade disfarçada, que disputa a matéria em um espaço-temporal. A vontade se mostra através de representações. Como vontade insaciável, impulso básico e cego da espécie, ela se objetiva através do mundo das ideias. É por meio do princípio da individuação e da razão que a vontade tem aparências múltiplas para apresentar-se no mundo. O conceito de vontade e o mundo como vontade de representação que – para Schopenhauer – podem justificar o mundo como sofrimento e dor, e isso para ele, é uma condição inescapável.
Basicamente, ele parte da premissa que o ser humano quer e que este querer o move para a satisfação do desejo e que ele

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