Arte

Para muitas pessoas o grafite é apenas uma pichação evoluída, para outros uma modalidade de arte urbana. No entanto com a atualização da arte, vemos por meio da mídia impressa, falada também na internet, em blogs e outros, que além dos muros, grafiteiros e pichadores, expõe essa nova modalidade de fazer arte numa demonstração mais elaborada ou simplesmente em frases muitas vezes incompreensíveis. Porém, essa exposição não tem ajudado muito a diminuir a confusão quando se fala de ambos.
Assim, se analisarmos paulatinamente esse processo, entendemos que, a utilização de um muro ou qualquer espaço público, sem autorização é pichação. Ainda, Pichação é escrever em muros, paredes e postes, através de palavras cifradas, que juntas formam um alfabeto excêntrico e pouco legível, em geral evidenciam habilidade em escrever esses símbolos, mas sem preocupação plástica e está associada a vandalismo e marginalidade, não há como negar.
Entretanto, a pichação vira arte como grafite quando há uma escolha reverente do local e quando essa irreverência do local e da obra não é apenas uma forma a mais de contestação. Dessa forma, considera-se esse processo de grafite, pois, há uma intenção na inscrição caligrafada e no desenho pintado ou gravado, uma leitura mais contemporânea, associando a cultura e o reflexo da realidade das ruas de um local.
Afinal, no grafite, a manifestação artística pode ser permitida ou não, tem seu caráter contestador e irreverente, mas baseia seus preceitos em desenhos e formas coloridos e elaboradas, também com intenções críticas, manifestam seu conteúdo artístico. Enfim, para os pichadores, pichação também é arte. Assim, ambos possuem formas de manifesto e também de protesto.

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