art nouveau

1. ORIGENS DO RACISMO
A África é um continente cuja história possui várias versões, estas variam de acordo com aquele que conta, trata-se de uma história em construção e aquele que dita poderá por vezes ser marcado por suas preferências e interesses. Claudia Malavota (2001) baseia-se nas ideias de Walter Benjamin para criar determinada definição para o ato de estudar o passado e criar conceitos sobre eventos já ocorridos chamando de “Invenção”. Salienta-se sobre a historicidade pois esta mantém relação direta com o poder, durante muitos séculos o povo Africano foi dominado e teve sua história contada, as relações de poder resultam no opressor definindo e contando o passado do oprimido, estes discursos perpetuam ainda hoje em grande parte das sociedades.
Malavota (2001) divide a história da África em três fases: Corrente da Inferioridade Africana, Corrente da Superioridade Africana, e as Novas Escolas de Estudos Africanos. A primeira corrente é o berço de conceitos racistas que irão perpetuar até os dias atuais, a escritora Chimamanda Ngozi Adichie em sua palestra intitulada “O perigo de uma história única” (TED 2009) expõe a necessidade de que não haja apenas um ponto de vista acerca dos fatos, pois estes impossibilitam olhares diferentes devido à barreira que projetam. As relações de poder durante a história colaboram para o enrijecer desta visão única, o definir de um discurso está voltado para aquele que possuir mais poder, visto o basear da sociedade no principio de ser maior que o outro. O poder não dita apenas a história, mas define o quanto do outro ficará marcado e até que ponto ele absorverá isto, no entanto, se o oprimido inicia a sua história ela adquire outros moldes.
A teoria da Inferioridade está baseada nos conceitos racialistas apoiados pela ciência, Hegel e Lineu colaboraram para que durante o século XIX os europeus tivessem um respaldo para justificar sua atitude de colonização exploratória. A visão eurocêntrica de África é tida como conceito