Arquétipos, Processo de Individuação, Eixo Ego-Self

Resumo da tese: “Modelos heroicos no desenvolvimento infantil e adolescente: uma compreensão junguiana”

A pesquisa foi realizada sobre os modelos heroicos de uma população composta por 188 sujeitos, crianças e adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 6 e 16 anos, de baixa renda integrantes de um Projeto Social no interior do Estado de São Paulo. Para tanto, esse levantamento englobou definições de herói, os heróis eleitos pelos sujeitos, seus atributos/ poderes e qual o uso que fariam destes se os possuíssem. A pesquisa partiu do pressuposto de que todos os seres humanos necessitam de modelos referenciais para o seu desenvolvimento.
O estudo caracterizou-se como uma pesquisa de campo, que objetivou realizar uma verificação e reflexão dos modelos heroicos das crianças e adolescentes e suas possíveis implicações na formação de sua identidade, dentro do referencial Psicologia Analítica. Os modelos heroicos concebidos como ícones da cultura que recebem projeções de uma vivência simbólica do arquétipo do herói, necessário à estruturação psíquica no desenvolvimento humano. A hipótese levantada na pesquisa é a de que os modelos heroicos e a vivência psíquica a eles relacionada apresentam importantes elementos sobre a psique no processo de individuação desde a infância.
Este estudo promove uma reflexão sobre a valorização exercida sobre esses modelos e suas implicações culturais e coletivas. Com quais heróis (modelos heroicos) as crianças e adolescentes estão se relacionando? Como essa reflexão pode auxiliar, em termos individuais e coletivos, no que se refere ao processo de individuação? A reflexão acerca dos processos de identificação com os modelos heroicos na infância e adolescência pode auxiliar na compreensão de aspectos de relevante valor para o desenvolvimento individual e sua relação com o coletivo. A importância da atualização do arquétipo de herói no desenvolvimento humano, tanto individualmente, quanto na coletividade da qual faz parte.
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