O simples fato de uma criança folhear um livro ou revista, observar suas figuras, sentir a textura das folhas, selecionar exemplares por tamanho ou por quaisquer itens que chamem sua atenção indica interesse pelo universo da leitura, que pode e deve ser incentivado pelos pais desde pequenos, lendo para eles, permitindo o manuseio de livros, revistas, jornais e principalmente mostrando que eles gostam de ler, este com certeza é o maior incentivo à leitura que uma criança pode obter. O livro mostra também que a leitura está ligada às sensações, emoções e a razão. Exemplificando que quando algo desperta reações em nosso corpo e nos faz ter emoções boas ou ruins conseguimos guardá-lo conosco, vindo à tona sempre que nos deparamos com algo relacionado a ele. Para entender a interpretação do que se lê é fundamental a historia de vida do leitor. A leitura ao jeito de cada leitor: "Fundamental mesmo é a continuidade da leitura, o interesse em realizá-la." Maria Helena incentiva o ato de reler por acreditar que a releitura é capaz de apontar novas direções de modo a esclarecer dúvidas, também acredita que não devemos ter receio de trazer para a leitura vivências anteriores. Em síntese, os conceitos de leitura são muitos e variam conforme as perspectivas teóricas e seus campos de atuação. Portanto para aqueles que consideram a leitura como ato de decodificar sinais gráficos, ou seja, um ato mecânico, a leitura poderá se tornar uma prática sem vida e sem alma, mas se, em vez disso, considerar como leitura suas experiências e vivências, a leitura se tornará uma prática muito mais ampla e viva, na qual o pulsar das informações baterá no mesmo ritmo das emoções.