Arquitetura

Instituto Metodista Izabela Hendrix

Arte Grega

Belo Horizonte
2013

Afrodite Kaufmann, deusa do amor e da beleza. Obra prima da arte do classicismo maduro.

EM BUSCA DA PERFEIÇÃO

A arte da Grécia antiga estende-se do séc. X a I a.C., um longo espaço de tempo em que a unidade, a amplitude a profundidade da cultura engrenada pelos gregos assentou as bases espirituais , ideológicas e formais de toda civilização ocidental. Seus inícios coincidem com a recuperação econômica, demográfica e cultural começada depois de 1000 a.C., ao fim do chamado Medievo Helênico, no qual a invasão do Povos do Mar e a chegada do dórios ,através dos Bálcãs alteraram o comércio mediterrâneo, destruíram os reinos micênicos e atraíram do Egeu às costas anatólias a vasta diáspora dos jônicos e eólicos, de pura estirpe helênica, como demonstra a estreitíssima afinidade linguística, de que surgiu a coiné diálektos, o grego comum a todos. Em fins do período entre os séculos IX e VIII a.C., tornou-se evidente a extraordinária novidade de concepção de arte com respeito a todas as manifestações precedentes e contemporâneas. A busca da essência do universo e das leis matemáticas, harmonicamente perfeitas, que regulam o devir, a vontade não só de representar forma exterior da realidade, mas também de expressar a densa trama dos valores filosóficos, éticos e políticos, sem que a espiritualidade caia no misticismo, que esteve presente em alguns aspectos da religião grega; a exaltação do lógos, a razão, como plena dimensão humana, reconhecida de novo a pertença do homem ao Absoluto através do conhecimento e do amor dela, a filosofia, para além dos limites espaços-temporais da condição humana e das formas pertencentes ao Ser; a elaboração de uma linguagem artística perfeitamente sintética com os conteúdos, porque, porque é interna à realidade e sua porta-voz; o sentido de um caminho que alcança o cume no século de máximo fulgor politico e cultural da Grécia, o V a.C., com