Arquitetura de Silveiras

2923 palavras 12 páginas
ARQUITETURA DE SILVEIRAS
Sônia Siqueira
O século XIX, no Brasil, foi marcado por alterações no modo de vida da população em geral; saímos da condição de colônia de exploração do Império Português e lançamo-nos, a partir de 1822, com a independência política do país, num processo de intensa transformação, alavancado pela expansão da agricultura cafeeira1 nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo, que forneceria subsídios para a modernização brasileira posterior. Nesse contexto, o eixo político-econômico do Brasil se deslocou da região Nordeste para a Sudeste.
As primeiras fazendas de café da região foram estabelecidas no lado fluminense do Vale do Paraíba, em algumas cidades como Barra Mansa, Barra do Piraí, Resende, Valença e Vassouras. Em pouco tempo, a onda cafeeira tomou os espaços agricultáveis do sul fluminense e adentrou o território paulista através das cidades limítrofes de Bananal, Areias, S. José do Barreiro.
Aos poucos, os cafeicultores da região tornaram-se a elite local e constituíram a nobreza do período imperial, tamanhos foram a riqueza que produziam e o seu faustoso modo de vida.
A região do Vale Histórico paulista, localizado na Serra da Bocaina, foi a primeira cafeeira do Estado. As cidades da região, como Bananal, Silveiras, Areias, São José do Barreiro, Arapeí (emancipada de Bananal nos anos 1990), nasceram a partir de ranchos de tropa à beira do caminho aberto para ligar a região da Vila de Nossa Senhora da Piedade de Lorena e o Rio de Janeiro, sendo uma variação da Estrada Real.
Silveiras surgiu ao final do século XVIII em torno de um rancho de tropas, o da família Silveira – daí o seu nome. “Vamos lá para os Silveiras”. Logo, outros “ranchos” foram se instalando, com destaque para as famílias Guedes, Siqueira, Ventura de Abreu, Santos, Bueno, dentre outros. Seus bairros denominados Macacos e Bom Jesus – encosta da Serra da Bocaina e em direção à Cunha e Paraty surgiram antes, também em torno de tropeiros, já em pleno ciclo do ouro

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