Aromatizantes artificiais
Muitos dos alimentos industrializados que você compra hoje podem vir com um rótulo que diz "aromas artificiais" como um dos ingredientes principais. Os aromas artificiais não passam de misturas químicas que imitam algum aroma natural.
Tudo o que inalamos deve conter alguma substância química volátil, ou seja, que evapore e entre no nariz. As substâncias evaporadas entram em contato com as células sensoriais no nariz e as ativam. No caso do paladar, a substância deve ativar as papilas gustativas. O paladar é um sentido um tanto quanto bruto, pois a língua só é capaz de captar quatro tipos de sabores (doce, salgado, azedo, amargo), ao passo que o nariz é capaz de captar milhares de cheiros diferentes. Portanto, a maioria dos aromatizantes artificiais trazem componentes que ativam o olfato e o paladar.
Qualquer aroma natural costuma ser bem complexo, com dezenas ou centenas de substâncias químicas que interagem entre si para criar o sabor/aroma. Acontece que muitos sabores, em especial os de frutas, possuem somente um ou poucos componentes químicos dominantes que carregam a carga de sabor/aroma. Muitos desses componentes são chamados de ésteres. Por exemplo, o éster acetato de octila (CH3COOC8H17) é um componente essencial para o sabor laranja. O éster acetato de isoamila (CH3COOC5H11) é um componente fundamental para o sabor de banana. Se você adicionar esses ésteres a um produto, o sabor dele será de laranja ou banana, dependendo do grau. Para criar sabores mais realistas é preciso adicionar outras substâncias químicas nas proporções corretas para que possa se aproximar cada vez mais à realidade. É possível fazer isso por tentativa e erro ou pela análise química do sabor real.
Sabe-se que centenas de substâncias químicas são agentes de aromatização. O interessante é que geralmente são misturados para criar sabores "conhecidos". Encontramos sabores artificiais de uva, cereja, laranja, banana, maçã, etc e é muito