ARIST TELES E A QUEST O DO CONHECIMENTO

ARISTÓTELES E A QUESTÃO DO CONHECIMENTO

A METAFÍSICA

A metafísica é a principal das ciências teoréticas (que procuram o saber pelo saber; buscam o saber em si mesmo), as quais, por sua vez são as ciências mais elevadas. A metafísica, portanto, toca uma espécie de primado absoluto. Aristóteles dá quatro definições dela:
Ele indaga as causas ou princípios supremos;
Indaga o ser enquanto ser;
Indaga a substância;
Indaga Deus e a substância supra-sensível.
O problema de fundo da metafísica é o seguinte: existem apenas substâncias sensíveis, ou também substâncias supra-sensíveis? A resposta de Aristóteles é que as substâncias supra-sensíveis existem, enquanto sem o entorno não poderia subsistir nem mesmo o devir.
O termo “metafísico” (o que está além da física) não é aristotélico. No mais das vezes Aristóteles usava a expressão "filosofia primeira" ou "teologia" em oposição a "filosofia segunda" ou "física", entretanto o termo "metafísica" foi sentido como mais significativo pela posteridade, tornando-se o preferido. Com efeito, a "filosofia primeira" é precisamente a ciência que se ocupa das realidades que estão acima das realidades físicas.
Com a metafísica, Aristóteles buscou investigar o "ser enquanto ser". Significa que buscou compreender o que tornava as coisas como elas são. Nesse sentido, as características das coisas apenas nos mostram como as coisas estão, mas não definem ou determinam o que elas são. É preciso investigar as condições que fazem as coisas existirem, aquilo que determina "o que" elas são e aquilo que determina "como" são.
É por isso que Aristóteles escreve: "todas as outras ciências podem ser mais necessárias ao homem, mas superior a esta nenhuma."

AS QUATRO CAUSAS
Esclarecidas as definições de metafísica, passaremos agora a examinar o seu conteúdo, como foi dito Aristóteles apresenta em primeiro lugar a metafísica como “busca das causas primeiras”, e que essas causas devem ser finitas quanto ao numero e referente ao mundo do