Arbitrariedade e Iconicidade – Martelotta e Victoria Wilson

Texto: Arbitrariedade e Iconicidade – Martelotta e Victoria Wilson

O capítulo Arbitrariedade e Iconicidade apresenta uma discussão sobre a relação entre a linguagem e o mundo que ela simboliza. A Iconicidade seria “o código linguístico e o sentido por ela expresso” e a noção de arbitrariedade está baseada no principio da convenção ”não há nada no som da palavra que se relacione á coisa que ela designa”.
O tema que é abordado desde a Grécia antiga por filósofos como Platão, Crátilo, Hermógenes e Sócrates, também encontra estudiosos modernos que se interessam pelo assunto, como o filósofo Charles Sanders, Pierce que fundou a semiótica e para Victoria Wilson e Martelotta, existe uma ideia de uma motivação refletida na estrutura da palavra.
A semiótica de Pierce é definida como a ciência dos signos, não só abrange a linguagem, como a comunicação e a filosofia, ele estabelece uma complexa classificação dos signos agrupando elementos estudados no âmbito da linguagem, como: o símbolo, o índice é o ícone.
No âmbito da linguística, foi Ferdinand de Saussure quem realizou os estudos que sintetizaram a tradição clássica e moderna. Ele reinterpreta o conceito de arbitrariedade, defendendo que o signo linguístico é resultado da associação arbitrária entre significante (imagem acústica) e significado (conceito). Para o estruturalismo, a noção de arbitrariedade é a relação existente entre som e sentido da palavra, já a noção de Iconicidade leva em conta o fato de o falante corresponder à forma da palavra com o significado que ela expressa.
Com o advento da linguística funcional, a visão saussuriana que focava na relação entre som e sentido, dá lugar a uma forma mais dinâmica onde a linguagem constitui o reflexo de processos gerais do pensamento adaptando-se a diferentes situações de interação com outros indivíduos.
As discussões que envolvem as noções de arbitrariedade e Iconicidade são intricadas e não se limitam á realidade restrita entre o som e o sentido das