Araneísmo

ARANEÍSMO (ACIDENTES COM ARANHAS)
As aranhas compreendem mais de 40.000 espécies conhecidas, todas peçonhentas, porém são poucas as de interesse médico. No Brasil são cinco grupos de aranhas que merecem uma atenção especial. Um máximo de 20 óbitos é registrado anualmente dentro de 8.000 casos anuais.

GRUPO I: PHONEUTRIA (ARMADEIRA): São aranhas que apresentam o tamanho do corpo entre 4 a 5 centímetros, com uma envergadura de até 18 cm. Conhecida também como aranha das bananeiras, pois é comum neste tipo de ambiente. O nome “armadeira” deve-se ao seu comportamento de, quando molestada, levantar os dois pares de patas dianteiros em direção ao oponente. Em algumas regiões, como em São Paulo, é a principal aranha causadora de acidentes.
AÇÃO DO VENENO: Neurotóxica.
SINTOMAS DA VÍTIMA: Dor local intensa, imediata com irradiação, sudorese local, edema local, podendo manifestar priapismo (ereção peniana) e choque neurogênico (em crianças) em casos graves.

GRUPO II: LOXOSCELES (ARANHA-MARROM): Pequenas, com 1 a 1,5 cm, com envergadura de 3 a 4 cm. Apesar do pequeno tamanho e fragilidade, é uma das aranhas mais perigosas no Brasil. O maior número de acidentes ocorre na região de Curitiba (PR).
AÇÃO DO VENENO: Proteolítica e hemolítica.
SINTOMAS DA VÍTIMA: Nas primeiras horas, os sintomas são leves, fazendo com que a vítima não procure o hospital. Após 12 - 24 horas, a vítima começa a apresentar eritema (vermelhidão), edema (inchaço), dor local, equimose (formação de bolhas). Após dois a cinco dias pode ocorrer a formação de uma úlcera de difícil cicatrização e alteração da cor da urina (ficando com cor de "coca-cola") e pode ocorrer óbito por insuficiência renal.

GRUPO III: LATRODECTUS (FLAMENGUINHA): Apresenta o abdômen negro com manchas vermelhas. Tamanho do corpo de 1 a 1,5 cm, com uma envergadura de 3 cm. Acidentes ocorrem principalmente na Bahia e Ceará.
AÇÃO DO VENENO: Neurotóxica.
SINTOMAS DA VÍTIMA: Dor intensa a partir do local da picada