APS de litio
O Lítio é um metal que possui características fisioquímicas peculiares e, por esse motivo, é uma matéria-prima de extrema importância para a indústria.
Embora não tenha mecanismo de ação completamente elucidado, o carbonato de lítio é o medicamento de escolha utilizado para o tratamento do transtorno de humor bipolar e foi o primeiro fármaco aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para o transtorno de humor bipolar (THB).
O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão bibliográfica sobre os principais aspectos do carbonato de lítio na aplicação farmacêutica, concentrações recomendadas, sua função na célula e consequências do uso incorreto.
2. INTRODUÇÃO
O lítio foi descoberto na Suécia em 1817 pelo químico Johan August Arfwedson, isolado do metal petalite, seu nome é derivado da palavra grega “Lithos” que significa pedra.
O lítio não ocorre livremente na natureza e mesmo combinado, está longe de ser abundante. Na crosta terrestre encontra-se bastante distribuído, sendo-lhe atribuída uma percentagem de 0,004%.
É principalmente obtido a partir de espodumena, da lepidolite, da ambligonite ou ainda da petalite e eucriptite, que são aluminossilicatos de lítio.
O lítio foi introduzido na medicina como substância terapêutica por Garrod, em 1863. Contudo, águas e suspensões com elevado teor de lítio haviam sido já utilizadas durante centenas de anos como "curas" para variadas doenças.
Nos anos 20, o lítio era usado como antiepiléptico e tonificante geral e o brometo de lítio como hipnótico. Nos anos 40, usava-se cloreto de lítio como um substituto do Cloreto de Sódio para doentes cardíacos que necessitavam controlar a ingestão de sódio.
A sua utilização foi suspensa quando se descobriu a extrema toxicidade do lítio em presença de baixos níveis de sódio.
A eficiência do lítio no tratamento de desordens maníacas reporta-se a Cade, em 1949. Esta aplicação do lítio foi rapidamente aceita na