APOSTILA DO CURSO PRÁTICO DE VIROLOGIA
DE VIROLOGIA
ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO (ELISA)
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS VIROSES
O diagnóstico de certeza de um processo infeccioso é a demonstração do patógeno ou de seus produtos nos tecidos ou fluidos biológicos. Esta demonstração, no caso de uma infecção viral, pode ser feita de forma direta ou indireta.
Como demonstração direta, temos o isolamento do agente etiológico (por exemplo, ovos embrionados, animais de laboratório ou cultura de células), a evidenciação das partículas virais ao microscópio eletrônico, a detecção de antígenos virais por técnicas de hemaglutinação ou imunológicas ou a pesquisa do genoma viral por técnicas de biologia molecular. Já a demonstração indireta baseia-se na detecção de anticorpos produzidos pelo organismo infectado em resposta a uma determinada infecção viral. Pode ser feita pela sorologia pareada, isto é, pela coleta de amostras de sangue na fase aguda e convalescente da infecção. Uma diferença de pelo menos 4 vezes no título de anticorpos específicos entre as duas fases representa a conversão imunológica do indivíduo. A este fenômeno denominamos conversão sorológica e a verificação de sua ocorrência pode ser feita por testes de imunodifusão em gel de ágar e inibição da hemaglutinação.
Nas duas últimas décadas, houve um grande avanço no diagnóstico sorológico com o desenvolvimento de testes que permitem uma detecção mais rápida e precisa das infecções por vírus. Dentre elas, destaca-se os testes para pesquisa de anticorpos específicos da classe IgM, que são os primeiros formados em resposta às infecções, indicando uma infecção recente e dispensando a coleta de 2 amostras para teste de conversão sorológica. Dentre as técnicas imunológicas mais usadas atualmente, destacam-se a imunofluorescência, ensaio imunoenzimático (ELISA) e radioimunoensaio
(RIE). Além destas, com o advento de pesquisas na área de genética e biologia molecular, foram desenvolvidas técnica de