Apologia de Socratés

O texto: O texto da apologia socrática narrada por Platão trata-se, a meu ver, de um dialogo complexo, pois tem como base a verdade e a persuasão. Nessa conversa no tribunal Sócrates tenta se defender das acusações de não aceitar os deuses reconhecidos pelos atenienses, de introduzir novos cultos a deuses estranhos e corromper a juventude. Todas essas acusações são propostas por Meleto, na tentativa de condenar Sócrates a pena de morte. Na citação a seguir podemos ler o diálogo entre Sócrates e Meleto.
A seguinte acusação escreve e jura Meleto, filho de Meleto, do povoado de Piteo, contra Sócrates, filho de Sofronisco, do povoado de Alópece. Sócrates é culpado de não aceitar os deuses que são reconhecidos pelo Estado, de introduzir novos cultos, e, também, é culpado de corromper a juventude. Pena: a morte. (Platão. 1999, p.59. Disponível em: Acessado em: 28/05/2014).

Sócrates começa a argumentar dizendo que após consultarem o oráculo e terem como resposta que não havia nenhum homem mais sábio que ele, desenvolveu pesquisas para apurar a afirmação, nessa busca pela resposta, além de fazer muitos inimigos, percebeu que muitos homens não usam suas virtudes corretamente e concluiu que alguns fingem ser sábio, mas na verdade não são portadores da sabedoria. A resposta que Sócrates achou para sua pesquisa foi de que ele era sábio não por mérito próprio, mas por vontade dos deuses, que são considerados os verdadeiros sábios, e por conta da sua humildade na sabedoria, daí a existência da celebre frase: ‘Só sei que nada sei’.
Sócrates dizia que sua sabedoria era limitada à sua própria ignorância. Segundo ele, a verdade, escondida em cada um de nós, só é visível aos olhos da razão. Ele acreditava que os erros são consequência da ignorância humana. Nunca proclamou ser sábio. A intenção de Sócrates era levar as pessoas a conhecerem seus desconhecimentos ("Conhece-te a ti mesmo"). Através da problematização de conceitos conhecidos, daquilo que se conhece, percebe-se os