APAC associação de proteção e assistencia aos condenados

“Quero convidá-lo a um exercício mental. Comece imaginando uma penitenciária que não tenha guardas. Pense nos próprios presos tomando conta das instalações, de forma absolutamente ordeira! Tente conceber que as chaves das celas fiquem permanentemente em poder dos próprios presos – que sejam eles a abrir e fechar as portas de forma absolutamente responsável. Fiz uma experiência: perguntei a dez amigos o que achavam de uma prisão funcionando assim. De todos, sem exceção, ouvi que tratava-se de uma insanidade, uma ideia de realização impossível. Pois é. Essa prisão existe e funciona em Itaúna, Minas Gerais.” Essas foram algumas das considerações do presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), desembargador Pedro Valls Feu Rosa, mencionadas na carta aberta Chega de Insanidade, que você pode ler na íntegra ao final desta matéria, publicada no site do TJES, em função da visita feita à Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Itaúna, em 1º de fevereiro.

O objetivo da visita da comitiva representada pelo presidente do TJES foi conhecer efetivamente o funcionamento de uma Apac, conforme explicou o desembargador Pedro Valls. No Espírito Santo, em Cachoeiro do Itapemerim, já existe uma Apac, e agora a experiência será implantada também em Vitória. O presidente Valls conversou com os recuperandos e destacou que eles têm grandes responsabilidades, pois “estão na Apac não só na tentativa de salvarem a si mesmos, mas ali representam todos os presos do Brasil, mostrando que o método é um sucesso e que a recuperação é possível”.
Ele ficou impressionado com a disciplina. “Ali a lei é cumprida em todo o seu rigor e são obedecidos, impiedosamente, os horários de trabalho e estudo”.
A comitiva foi recebida pelo coordenador do Programa Novos Rumos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Jarbas de Carvalho Ladeira Filho; pelo juiz da Execução Penal de Itaúna, Paulo Antônio de Carvalho; e pelo presidente da Fraternidade