Análises Clínicas

2134 palavras 9 páginas
Paracoccidioidomicose

Introdução

A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada pelo Paracoccidioides brasiliensis, fungo dimórfico que pertence à família Moniliaceae ordem Moliales, da classe Hyphomycetes. É um fungo assexuado, termodinâmico, que cresce a 37°C na forma de levedura, medindo de 5 a 25 μm de diâmetro e exibe parede dupla e múltiplos brotamentos. À temperatura ambiente, mostra-se na forma de finos filamentos septados que originam o micélio e parece crescer no solo como sapróbio permanente. É considerada a infecção fúngica mais importante da América Latina, ocorrendo em regiões tropicais e subtropicais. O Brasil é considerado um centro endêmico dessa doença, com maior prevalência nas regiões sul, sudeste e centro-oeste. A infecção envolve primariamente os pulmões pela inalação do fungo e pode disseminar-se para vários órgãos e sistemas originando lesões secundárias nas mucosas, nos linfonodos, na pele e nas glândulas adrenais. O conhecimento da paracoccidioidomicose é de grande importância para o Cirurgião-Dentista, uma vez que a doença apresenta manifestações bucais cuja identificação pode facilitar o diagnóstico da infecção.
A PCM é uma doença crônica que pode causar alterações físicas, emocionais e sociais progressivas, acarretando, em alguns casos,mudanças permanentes que demandam longos tratamentos e acompanhamento clínico freqüente, além de exigir a adaptação do paciente e de sua família a tal condição, com o objetivo de prevenir complicações da doença, deter sua progressão e a morte precoce.
A paracoccidioidomicose foi descrita pela primeira vez, em 1908, por Adolfo Lutz. Quatro anos depois, Splendore descreveu novos casos em pacientes da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e estudou minuciosamente a morfologia do fungo, denominando-o Zymonema brasiliensis. Em 1930, Floriano Paulo de Almeida instituiu a denominação Paracoccidioides brasiliensis. A paracoccidioidomicose é, também, denominada doença de Lutz,

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