Análise a texto de Adriano Parreira e P. Lovejoy

1724 palavras 7 páginas
Recensão crítica ao texto “Angola, séc XVII Da construção ideológica do conceito de agricultura de subsistência”, de
Adriano Parreira
Em Angola, séc. XVII da construção ideológica do conceito de agricultura de subsistência, Adriano Parreira, começa por esclarecer toda a problemática da mão-deobra, a influência dos factores impostos pelo meio ambiente e os condicionalismos naturais, assim bem como os dinamismos que se estabelecem entre a produção e a sociedade, através das trocas e dos excedentes. Deste modo, compreendemos que os principais objectivos do autor quanto a este texto são: primeiramente, a desconstrução total do conceito de subsistência, a explicitação da problemática do sistema produtivo agrícola e, por último, mas não menos importante, a relação que se estabelece entre as economias desenvolvidas e subdesenvolvidas.
À medida que o texto se vai desenvolvendo são citados diversos historiadores dos quais se destacam por exemplo, William G. L. Randles, que surge por ter abordado a problemática agrícola do Congo. No entanto, é fortemente criticado por Parreira, não só por ter interpretado literalmente a obra de Galeotto Cavazzi – apesar das suas missões capuchinhas em África, a verdade é que Cavazzi nunca esteve no Reino do
Congo e, portanto, a obra Istorica Descrizione resume-se a meras descrições obtidas de testemunhos e, essencialmente, de informações recolhidas pelo próprio acerca da

natureza local do Reino do Congo. Posto isto, faz todo o sentido que Adriano Parreira reprove teorias formuladas com base na obra referida -, bem como por se ter servido da mesma como suporte para expor o conceito de agricultura de subsistência sob uma perspectiva extremamente ocidental, a fim de justificar a aparente fraca produtividade agrícola do povo congolês e a sua preguiça. Para além de Randles, também Jonh
Thornton é enunciado por ter tentado explicar de que a fraca produtividade agrícola, no
Congo, estaria intimamente relacionada com a

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