Análise semiótica da propaganda Hitler

Análise da propaganda Hitler (1987, Folha de São Paulo)
Transcrição
“Este homem pegou (situação inicial) uma nação destruída, recuperou (meio de ação) sua economia e devolveu (consequência) o orgulho a seu povo”. (pausa marcada por som de tambor) “Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de seis milhões para novecentas mil pessoas” (pausa marcada por som de tambor, crescente com relação à outra pausa)
“Este homem fez o produto interno bruto crescer cento e dois por cento e a renda per capita dobrar. Aumentou os lucros das empresas de cento e setenta e cinco milhões para cinco bilhões de marcos e reduziu a hiperinflação a no máximo vinte e cinco por cento ao ano” (pausa breve)
Todas as ações são atribuídas à figura de que se fala e é construído o estereótipo herói de um povo, mais ainda, se constrói a ideia de um salvador.
“Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava seguir a carreira artística” (Som se atribula, rufam os tambores e o zoom é totalmente desfeito)
“É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com a informação no jornal que você recebe”. (Imagem some, aparece uma tela preta e, em seguida aparece nela a logomarca da Folha de São Paulo)
“Folha de São Paulo: o jornal que mais se compra e o que nunca se vende”

Recurso discursivo
O foco está na mudança e no sujeito agente dessa mudança, na transformação de uma nação destruída em uma nação confiante em si, capaz de mudar o seu lugar na história.
Estereótipo de humanidade e sensibilidade.
Aqui o jornal apresenta como mentira a manipulação da verdade.

Baseia-se nos pressupostos: há jornais que manipulam a verdade por causa de interesses, porém há um jornal que insubornável, Folha de são Paulo.
Busca uma originalidade. Mexe com tabu da ética.
Repertório: verdade e mentira.
O plano textual tem como base uma descrição capaz de construir a impressão de suspense, pois não podemos