Análise jurídica do filme O Voo

O VOO
O filme conta a história de um piloto de avião comercial, Whip Whitaker, personagem de Denzel Washington, que após passar a noite acordado juntamente com a sua amante e comissária de bordo, consumindo bebida alcoólica e cocaína para conseguir ficar acordado para pilotar um avião em um voo na manhã do mesmo dia, consegue a enorme façanha de pousar o avião que estava fadado a cair por conta de uma pane nos equipamentos.
Após algumas horas de voo, o avião que pilotava começa a apresentar defeitos, e em uma manobra considerada genial e perigosa, consegue fazer um pouso forçado salvando centenas de pessoas, contudo, com 6 mortes.
Não obstante a manobra e pouso considerado impossível pelos especialistas, o personagem enfrenta problemas com excesso de álcool e drogas, e também uma ação judicial para apuração da culpa pela queda do avião.
A investigação se volta para a vida pregressa do piloto, após o exame de sangue apontar drogas e álcool em seu sangue e os investigadores terem encontrado 2 (duas) garrafas de vodka vazias no lixo do avião.
Outrossim – em que pese a discussão jurídica a seguir – após assistir ao filme, fiquei com a sensação de injustiça, pois ao final, mesmo o piloto tendo salvo centenas de vidas no acidente, acaba sendo condenado, pois na entrevista final confessa que é alcoólatra e que bebeu no dia e na noite anterior ao acidente.
Porém juridicamente, devemos analisar com precisão a culpa do piloto, fabricante do avião ou do prestador do serviço aéreo quanto a queda do avião, e em consequência disso, o dever de indenizar as vítimas do acidente, e também as sanções a serem aplicadas ao piloto pelo fato de exercer o ofício sob o efeito de álcool e drogas.
Quanto a responsabilização penal, o piloto deve responder penalmente por pilotar após a ingestão de entorpecentes, colocando em risco a vida das pessoas a bordo, pois o simples fato de pilotar sob o efeito de entorpecentes configura-se crime, onde o piloto assume o risco conscientemente o