Análise filme Sombras de Goya
Resumidamente a direção de Milos Forman, teve como objetivo retratar o pintor Francisco José de Goya y Lucientes no período mais interessante de sua vida, a época em que se passa o filme (1792) foi num período em que ele fez diversas gravuras que foram consideradas obscenas e mexeram com o orgulho da igreja católica em pleno período da Santa Inquisição, principal alvo das críticas do pintor. Milos Forman sabe muito bem realizar biografias. Porém o cineasta checo surpreendentemente erra a mão neste filme que traz no título o nome de um dos maiores pintores espanhóis.
É um roteiro repleto de coincidências mal explicadas, personagens pouco aprofundados e um toque tão grande de ficção que soa falso qualquer passagem que referencie uma experiência mais biográfica dentro da vida do pintor. Goya, aqui interpretado pelo sueco Stellan Skarsgard (de Piratas do Caribe), aparece no filme como um angustiado observador da desgraça alheia. Queridinho do rei e de uma rainha enrugada ele consegue escapar de ser vítima direta dos inquisidores. Mas nesse interlúdio entre a pintura e a própria realidade o bonito não consegue impedir os abusos desse período contra alguns amigos. No final todo mundo leva um tremendo cacete de Napoleão que, depois, é escorraçado da península Ibérica. A utilização de efeitos especiais não é tão significativa para o filme, e o elenco abriga nomes caros de Hollywood, o que torna o elenco bom. O filme tem uma boa trilha sonora, finalizando com uma música muito boa, cujo não descobri o estilo, porém ela é cantada em uma língua latina com vozes agudas que aparentam ser de crianças.