Análise dos capítulos: Dos princípios da obrigação ás nossas capacidades de conhecer e política e destino do homem, do livro Locke de Yves Michaud

8272 palavras 34 páginas
II. DOS PRINCIPIOS DA OBRIGAÇÃO ÀS NOSSAS CAPACIDADES DE CONHECER

Através das mais recentes publicações de Locke, observa-se que ele iniciou por problemas políticos, atribuindo desde o começo uma posição central à idéia de lei natural e que suas conjunção de suas interrogações sobre a lei natura e de suas atividades cientificas no ambiente de Sydenham e de Boyle o levou a formular o programa do Ensaio Filosófico sobre o entendimentos humano nos diferentes Drafts que ele fez.
Seus primeiros textos revelam que ele era marcado pelo pensamento medieval, bastante conservador.

1. OS PRIMEIROS ESCRITOS POLITICOS.
Editados em 1967 por P. Abrams, "Dois opúsculos sobre o governo" referem as relações entre o poder político e a religião.
A principal questão é saber se o magistrado civil pode determinar e impor usos em matéria de coisas indiferentes no campo religioso? A resposta de Locke é sim.
Locke diz que bem e mal só existem em relação a uma lei. Onde não há lei as coisas são indiferentes. Quando Deus nos faz conhecer sua lei, devemos obediência absoluta, tratando de coisas indiferentes sobre as quais a lei divina permanece silenciosa o homem age de acordo à sua vontade, salvo se transferiu por contrato à sua liberdade, como é o caso na sociedade. Sendo assim, o magistrado que detém um poder supremo sobre todos os outros, podendo fazer e revogar as leis regulamentando o comportamento dos homens tendo a responsabilidade do cuidado com a comunidade.
Essa argumentação supõe uma teoria contratual do governo, onde Locke esforça-se em mostrar que suas conclusões contra a tolerância cultura. Adota-se uma concepção absolutista do governo. Considera-se com o absolutismo que o magistrado é o comissário de Deus e que seu poder é total sobre as coisas indiferentes.
Locke inclina-se para uma concepção contratualista concordando com as posições de Hobbes, que se faz do abandono de sua liberdade por parte de cada indivíduo a fonte do poder do magistrado. Uma renuncia tão

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