Análise Crítica do filme “A Onda” (fundamentado nas experiências de Milgram e Zimbardo)

Relatório: Análise Crítica do filme “A Onda”

Unidade Curricular: Psicologia Social
Licenciatura de Psicologia, 1º ano
Prof. Joana Alexandre

Análise Crítica do filme “A Onda”
(fundamentado nas experiências de Milgram e Zimbardo)

O filme “A Onda” vem destacar os aspectos mais negativos dos processos de Influência Social em grupos, mais concretamente no que diz respeito a aspectos que se prendem com a obediência e o conformismo à autoridade levados ao extremo num contexto autocrático (no qual o poder unitário de uma autoridade/líder é absoluto sobre os subordinados) e com o decorrente peso dos papéis sociais.
Ao nos questionarmos acerca das condições sociais que favorecem a emergência de uma ditadura que determine o conformismo e submissão dos subordinados temos de ter em conta a Dependência Informativa, na qual usamos os outros como critério de realidade e a Dependência Normativa, relativa à necessidade de pertença ao grupo (Lima, 2011). Mediante estas necessidades e tendo em conta contexto sociais específicos podem explicar-se situações históricas graves e aparentemente inexplicáveis como as que tiveram lugar nos campos de concentração nazis na 2ª guerra mundial ou fenómenos de “limpeza étnica” e massacres nos quais “ a obediência cega a ordens que violam a nossa própria consciência...” determinaram os infelizes desfechos que se conhecem (Gleitman, 2003).
Referência para os aspectos negativos da obediência autoritária e dos papéis sociais levados ao extremo são as experiências levadas a cabo por Milgram (1963) e Zimbardo (1971), respetivamente.
Para Milgram a obediência é um fenómeno comum e útil às sociedades humanas (Lima, 2004) mas representa também um perigo pois, ao longo da história, verificaram-se situações de obediência extrema e inquestionável cometendo-se crimes contra a humanidade que marcaram o decurso da nossa história. Na sua experiência conseguiu reproduzir, de certa forma, esta realidade ao