Análise crítica do filme "quanto vale ou é por quilo"
O FILME:
“Quanto vale ou é por quilo?” é um filme brasileiro de 2005, dirigido por Sérgio Bianchi e qualificado no gênero drama, que mescla acontecimentos do período escravocrata com a sociedade atual, incluindo alguns documentários retirados do Arquivo Nacional (RJ). Mostra, de maneira contundente as desigualdades sociais alarmantes que perpassa toda a história da sociedade brasileira e as explorações e violências geradas por tais desigualdades, cujos atores apenas mudam a roupagem ao longo dos anos para continuarem lucrando em cima da desgraça e miséria dos menos favorecidos.
O roteiro gira em torno da atuação de uma ONG, que busca captação de recursos das empresas para realizar projetos sociais; porém, entre a captação de recursos e o público beneficente, ocorrem muitas irregularidades, corrupções, laranjas, contas fantasmas e, até mesmo, crimes ocorrem para manter a estabilidade da Instituição que, na verdade, nada faz pela miséria e pela exclusão social.
ANÁLISE CRÍTICA:
O filme abre espaços para várias reflexões no que concerne ao contraste gritante entre as classes sociais brasileiras, a batalha entre a maioria e as minorias e a exclusão social utilizada de forma visível e sem escrúpulos pela classe abastada, para se abastecer ainda mais. O filme toca diretamente nas ONG´s que levantam a bandeira da miséria para obter verbas em benefício próprio e que acabam por provocar indignação e revolta por parte de quem assiste.
O mais interessante é que, ao fazer constantes comparações e analogias de fatos passados com o que vivemos e vemos na sociedade atual, o filme nos faz refletir que o Brasil tem ainda muito a fazer na questão social, pois fatos que parecem ter ficado no passado, continuam