Antropologia

O Museu Afro Brasil, localizado no Parque do Ibirapuera, embora tenha vários núcleos, a exposição como um todo representa o homem negro no Brasil, ou seja, todos os brasileiros afro-descendentes. O acervo possui elementos culturais africanos e afro-brasileiros abordando temas como a arte, a religião, o trabalho e a escravidão. A partir disso, registra e resgata a trajetória histórica, as memórias e as influências africanas na construção da sociedade brasileira. Como o próprio folheto de divulgação informa, o museu tem como objetivo principal apresentar a cultura afro do ponto de vista de um negro para que consiga transmitir aos visitantes, sendo eles negros ou não, a sensação do que é ser um afro-descendente no Brasil nos dias de hoje.
Como o museu tem como função a desconstrução de estereótipos e de imagens deturpadas sobre os personagens e fatos históricos relativos ao negro que permanecem até os dias atuais, a realidade desse grupo é apresentada de modo positivo, uma vez que pretende valorizar sua cultura na sociedade. O conjunto das obras de arte que reúne pinturas, esculturas, vestimentas, acessórios, instrumentos de época e toda parte de literatura e fotografia pretendem buscar o reconhecimento, por parte de todos os grupos, da verdadeira contribuição do negro dentro da identidade brasileira. O núcleo permanente “Trabalho e Escravidão”, localizado no piso inferior do museu, pelo modo que esta disposto, parece que tem como finalidade inserir o visitante num cenário da época. As estantes de madeira que abrigam as ferramentas e instrumentos de trabalhos e os grandes aparelhos que eram encontrados em um engenho se misturam às correntes e a outros objetos de tortura, deixando nítida a intenção de mostrar a relação desigual entre senhores e escravos. O ‘trabalho’ simboliza o papel dos escravos africanos e de seus descendentes como trabalhadores fundamentais em todos os períodos econômicos da sociedade brasileira, e a ‘escravidão’ resgata uma história dolorosa e