Antropologia

993 palavras 4 páginas
O funcionalismo de Radcliffe-Brown: Resumo da aula de 05.05.09

Autor: Robson Cunha

Alfred Reginald Radcliffe-Brown nasceu em Birmingham, Inglaterra, em 1881. De origem operária, iniciou seus estudos universitários em Oxford na área de ciências naturais, mas, influenciado por seus professores, especialmente Rivers, mudou-se para Cambridge para estudar Antropologia. Após a colação de grau, realizou trabalho de campo nas ilhas Andaman, no golfo de Bengala, a leste da Índia, e redigiu tese marcada pelo estilo difusionista, na época muito bem recebida nos meios acadêmicos. Contudo, logo após, afastou-se da orientação de seus mestres, notadamente Rivers.

Radcliffe-Brown veio a ser severo crítico daquilo que denominou de "a história conjetural" dos evolucionistas cujo método era o da abordagem dos costumes dos povos baseado simplesmente em conjeturas sobre o passado e não em observações diretas no presente. Dizia que esse caráter historicista do método evolucionista não podia dar resultados significativos para a compreensão da vida e da cultura humana, já que os arranjos contemporâneos existiam porque eram funcionais no presente e não como "sobreviventes" de épocas passadas. Para esse antropólogo, como para Malinowski, interessava o estudo do presente, do tempo sincrônico, e não havia espaço para especulações sobre ‘sociedades primitivas’ vistas sob o prisma do tempo diacrônico.

Radcliffe-Brown fundou uma abordagem teórica antropológica conhecida como estrutural-funcionalismo. Cada sociedade estudada era considerada como uma ‘totalidade’, como um organismo cujas partes eram integradas e funcionavam de um modo mecânico para manter a estabilidade social. Como estrutural-funcionalista, as preocupações de Radcliffe-Brown estavam ligadas à descoberta de princípios comuns entre as diversas estruturas sociais, o significado dos rituais e mitos e suas funções exercidas na manutenção da sociedade. A abordagem foi fortemente influenciada por Durkheim.

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