Antropologia e Sociedade

2287 palavras 10 páginas
eertz concluiu seu doutorado em antropologia em 1956 na universidade de Harvard com uma tese sobre religião em Java. No entanto, sua área de graduação foi primeiramente inglês, pois ele se preparou para ser um escritor, e posteriormente filosofia. Este fato é relevante para a compreensão da construção das suas idéias na antropologia, devido ao seu constante diálogo com estas disciplinas. Geertz trabalhou em diversas universidades americanas tendo se estabelecido em Princeton desde 1975 na School of Social Science do Institute for Advanced Studies. Sua obra é extensa e com distintas nuances, estando baseada em intensivos trabalhos de campo realizados em Java, Bali, Sumatra e Celebes, na Indonésia e no Marrocos.

Geertz é um antropólogo bastante conhecido nas distintas áreas das ciências humanas, especialmente dentre os pesquisadores que privilegiam um método qualitativo de análise em seus trabalhos. O ecletismo teórico de seu trabalho também contribui com a repercussão de suas obras. Geertz é influenciado por diversos autores, mas não segue nenhum deles especificamente. Dentre estas influências estão nomes como Heidegger, Wittgenstein, Alfred Shutz, Hans-Georg Gadamer, Paul Ricoeur, Michel Foucault, Jurgen Habermas, Thomas Kuhn, Kenneth Burke, Fredric Jameson e Roland Barthes. Apesar deste aparente ecletismo teórico, Geertz afirma que sua preocupação se mantém a mesma desde a época de suas graduações, estando relacionada ao cerne da antropologia hermenêutica ou interpretativa.

A ciência interpretativista diz respeito a uma análise social de cunho “relativizante” e às inovações metodológicas no que se refere ao método de pesquisa qualitativo. Apesar de Geertz compartilhar com a idéia da ausência de fundamentos sólidos para julgamentos cognitivos, estéticos ou morais, que implica na ausência de critérios universais, ele não se declara exatamente como um relativista. No texto “Anti anti-relativismo” Geertz critica o medo da relativismo cultural e suas conseqüentes

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