Anatomia do cotovelo cão
Thaís Andrade Costaa, Renata Moris Domenico Oliveirab, Sam Goldy Shoyama Odac, Julia Maria Materad
Médica Veterinária, Mestranda em Cirurgia (FMVZ/USP), São Paulo, SP - Brasil, e-mail: thaiscosta@yahoo.com.br Médica Veterinária, Mestranda em Cirurgia (FMVZ/US), São Paulo, SP - Brasil, e-mail: renatamd@hotmail.com c Médico Veterinário, Mestrando em Cirurgia (FMVZ/USP), São Paulo, SP - Brasil, e-mail: sgoda@superig.com.br d Médica Veterinária, Professora Titular do Departamento de Cirurgia (FMVZ/USP), São Paulo, SP - Brasil, e-mail: materajm@usp.br a b
Resumo
A articulação do cotovelo é sede das principais afecções responsáveis pela claudicação em membros torácicos em cães. Trata-se de uma articulação complexa composta pela porção distal do úmero e porções proximais do rádio e ulna. A incongruência do cotovelo é caracterizada por uma má formação dos componentes ósseos dessa articulação resultando em desnivelamento entre rádio e ulna ou tróclea mal formada. Afecções como não união do processo ancôneo, osteocondrite dissecante do côndilo umeral medial e fragmentação do processo coronoide medial da ulna são agrupadas com a denominação de displasias do cotovelo. Discute-se, atualmente, a inclusão da incongruência do cotovelo como uma quarta afecção da displasia do cotovelo e o seu papel como fator predisponente ao desenvolvimento das demais afecções. Há diversos estudos sobre a sensibilidade e a acurácia dos diferentes métodos diagnósticos existentes, sendo a tomografia computadorizada o melhor método atualmente em uso. O procedimento cirúrgico mais utilizado e amplamente aceito é a osteotomia proximal e oblíqua da ulna com aplicação de pino intramedular para estabilização da porção proximal da ulna, cuja técnica vem apresentando bons resultados quanto à presença de dor e retorno à função do membro no período pós-operatório. O diagnóstico e o tratamento precoce, e em animais jovens, geralmente possuem um