Analogia entre o filme gênio indomável e o primeiro capítulo do livro cartas a um jovem terapeuta

O filme “Gênio Indomável” retrata a história de Will Hunting, um garoto que possui tamanha capacidade para desenvolver cálculos matemáticos. Por não aceitar esse dom, esconde-se atrás da máscara de um jovem agressivo. Apesar de ser superdotado, só procura empregos que não lhe exige grandes habilidades intelectuais. Trabalha como faxineiro, numa conceituada universidade.
Extremamente problemático, tem dificuldades de se relacionar, prefere abandonar as pessoas (como meio de proteção), antes que as pessoas o abandonem.
Seu principal obstáculo é vencer seus próprios medos e se abrir às mudanças.
Analisando o filme, constata-se que a profissão de Psicoterapeuta requer acima de tudo paciência, criatividade e confiança na relação psicólogo/paciente. No livro “Cartas a um jovem terapeuta”, Cantardo ressalta a importância da confiança no processo da cura: “...Quando os consultamos, levando-lhes novas dores, depositamos neles toda nossa confiança, porque imaginamos, supomos que eles saibam sobre nós e nossos males exatamente o que é preciso, para que eles possam nos curar..”.
Cantardo também ressalta sobre importância dos traços de caráter e personalidade que os aspirantes à profissão de Psicologia devem possuir. No filme, o Dr. Sean se encaixa nesse propósito pelo fato de ser um homem com passado sofrido. Assim como Will, ele não era nenhum modelo de normalidade. Também trazia consigo “uma boa dose de sofrimento psíquico”.
A vida de Will contempla uma subjetividade construída com base no sofrimento. Órfão de pai e mãe, foi adotado e devolvido, sofreu várias agressões físicas, que influenciam diretamente na formação do psíquico da criança, refletindo em sua vida na fase adulta. Desse modo, afirma-se que “a subjetividade não só é fabricada, produzida, moldada, mas também é automoldável, ou seja, o homem pode promover novas formas de subjetividade”. Essa frase faz sentido quando se percebe que utilizando–se de seus conhecimentos, o psicoterapeuta de Will introduziu, de