Analise Triste fim de Policarpo Quaresma
1429 palavras
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Resumo: Contextualizado no fim do século XIX, no Rio de Janeiro, TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA, o principal romance de Lima Barreto, narra os ideais e frustração do funcionário público Policarpo Quaresma, homem metódico e nacionalista fanático. Sonhador e ingênuo, Policarpo dedica a vida a estudar as riquezas do país: a cultura popular, a fauna a flora, os rios. Sua primeira decepção se dá quando sugere a substituição do português, como língua oficial, pelo tupi. O resultado é a sua internação em um hospício. Aposentado, confiante na fertilidade do solo brasileiro, dedica-se à agricultura no sítio Sossego. Contudo, depara-se com uma triste realidade: a esterilidade do solo, o ataque das saúvas, a falta de apoio ao pequeno agricultor. Por fim, com a eclosão da Revolta da Armada, no Rio de Janeiro, Quaresma apoia o então presidente, o marechal Floriano Peixoto, e participa do conflito como voluntário. No cargo de carcereiro, critica as injustiças que vê serem praticadas contra os prisioneiros. Em razão dessas críticas, é preso e condenado ao fuzilamento por ordem de Floriano Peixoto, seu ídolo. Além da descrição política do país no início da República, a obra traça um rico painel social e humano dos subúrbio cariocas na virada do século. Aposentados, profissionais liberais, carreiristas, músicos, donas de casa. O mulato – esse é o universo retratado por Lima Barreto em sua obra TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA. Destacam-se, nesse conjunto, as personagens Ismênia, que, tendo sido educada para o casamento, enlouquece quando abandonada pelo noivo; Olga, sobrinha de Policarpo, que difere da maioria das mulheres por ser mais independente; e o violonista e cantor de modinhas Ricardo Coração-dos Outros, amigo de Policarpo.
FOCO NARRATIVO: Foco narrativo em 3ª pessoa e dotado de onisciência, isto é, aquele que sabe de tudo, inclusive do que se passa na cabeça de seus personagens, por isso o narrador de vale do discurso indireto livre,