Analise "Le Violon d'Ingres" - Man Ray

868 palavras 4 páginas
Man Ray, nome artístico de Emmanuel Rudnitzky (1890-1976), filho de russos de origem judia que foram obrigados a mudar de nome pela actual discriminação étnica anti-semita. Nasceu na Pensilvânia e viveu 42 anos na América e os outros 44 em França. Estudou desenho técnico, anatomia, design gráfico, engenharia, arquitectura e artes plásticas.

Inicialmente começou a trabalhar em ilustração, no estilo do séc. XIX, mas viveu entre as duas guerras mundiais, na passagem de um século que rompeu valores a todos os níveis, no próprio entendimento da arte, numa procura de uma nova forma de ordenar e entender a realidade. Os velhos padrões de uma exemplar sociedade racionalista, pareciam não fazer sentido pois esse mundo estava em crise como “idealisticamente positivo”.

Conhece Marcel Duchamp, tornam-se amigos e fundam o grupo Dadá onde defendem o absurdo, a incoerência, a desordem e o caos, num movimento de contra-cultura. Muda-se para Paris e entra no movimento surrealista.

Inicialmente a fotografia surge para sustentar a pintura, retratando famosos como Picasso, entre outros, sendo nessa altura que fotografou Kiki de Montparnasse em “Le Violon D’Ingres”. Esta obra é o começo da utilização da fotografia como um meio de interpretação artística da realidade, antecipando a revolução digital em fotografia através das suas experiências. Com elas desenvolveu a raiografia, ou fotograma, criando imagens abstractas que elevou a fotografia á categoria de arte pois até então era considerada apenas documental.

Na visualização da imagem na sala de aula percebeu-se claramente a ligação dos buracos nas costas como uma referência às aberturas dos instrumentos musicais. Desta forma ele altera a nudez original para um simbolismo humorístico com o bruto contraste das pinceladas nas costas. Sobre a posição corporal, foi comparada com a forma de um violino ou violoncelo, numa espécie de encenação que pretendia exactamente fazer essa ligação visual, tornando ao mesmo

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