ANALISE EPISODOI INES DE CASTRO

772 palavras 4 páginas
ANÁLISE DO EPISÓDIO “Inês de Castro”
Episódio lírico; integra-se no Canto III, a nível da estrutura externa; integra-se na Narração, a nível da estrutura interna; há dois Planos: o Plano narrativo da História de Portugal e o Plano das Intervenções do Poeta; narrador- Vasco da Gama.
Estrutura interna deste episódio:
Exposição (estâncias ou estrofes 118 e 119)

Nesta primeira parte, há a apresentação do caso “dino de memória” de Inês de Castro, localizado temporalmente após a Batalha do Salado, em que o rei português D. Afonso IV saiu vitorioso e usufruiu da glória da vitória (estr. 118) , e a atribuição de responsabilidade ao Amor (estr. 119).
Conflito (estâncias ou estrofes 120 a 132)

Amores felizes e correspondidos (“E quanto…memórias de alegria” (estr. 120, 121);
Oposição do rei: “Vendo estas…fogo aceso” (estr. 122, 123);
Causas da oposição: “O murmurar do povo…não queria” (estr. 122); perigo de os filhos de D. Inês, galega, virem a pôr, um dia, em causa a independência do reino português; D. Pedro, filho de D. Afonso IV, não queria casar-se;
Decisão: “Tirar Inês ao mundo determina” (estr. 123);
Objetivos desta decisão: “Matar do firme amor o fogo aceso” (estr. 123);
Dia fatal: primeiro acontecimento- “Traziam-na os horríficos algozes/ Ante o Rei” (estr. 124);
Tentativa de alterar a situação- discurso de D. Inês (súplicas e argumentos dela, entre as estrofes 126 e a 129):
-pedido de clemência, por comparação com outros casos: “Como co a mãe de Nino…edificaram” (estr. 126);
- apelo à condição de avô: “A estas criancinhas tem respeito” (estr. 127)
-proposta alternativa: “Põe-me em perpétuo…ardente” (estr. 128); “Põe-me… tigres” (estr. 129);

Atenção: Reparar nas características do discurso argumentativo no discurso de Inês de Castro: argumentos ou razões: invocação das feras e da Natureza; referências à sua fraqueza; invocação da inocência dos seus filhos, que ficarão órfãos; pedido de clemência; sugestão do exílio) e no uso da função

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