Analise do filme Mera Coincidencia

Análise do filme “Mera Coincidência”(1997), Barry Levinson

"Porque o cão balança o rabo? Porque o cão é mais esperto que o rabo, se o rabo fosse mais esperto, balançaria o cão."

O filme começa com um presidente em véspera de se reeleger, porém um grande fato acontece a 11 dias da eleição: ele é acusado de abusar de uma menina na sala oval da Casa Branca e seus oponentes irão usar deste boato para tirá-lo da corrida da reeleição. Assim, um dos seus assessores entra em contato com um produtor de Hollywood para que este "invente" uma guerra na Albânia, com direito a um míssil batizado de B-3, para que o presidente pudesse desviar a atenção pública para outro fato bem mais apropriado para interesses eleitoreiros. Mas porque contra a Albânia? Simples. É um lugar que poucos conhecem, e assim poderiam manipular com mais facilidade essa informação. Em contrapartida, por exemplo, o Afeganistão é um país que a TV passa a ideia de que lá só existem pessoas prontas para matar e dispostas a morrer, o que tornou um dos países mais perigosos e, talvez, jamais consigamos limpar a imagem do país, pois as guerras passam, mas as imagens e fotos ficam. No momento em que inventam a guerra, fazem exatamente o que Noam Chomsky nos ensina no filme Consenso Fabricado, onde ele diz que a mídia controla as notícias para poder controlar as atitudes das pessoas. No filme em questão fizeram o verdadeiro Consenso Fabricado, que é o planejar para poder controlar. A grande questão é que a imprensa não consegue dizer que o telespectador deve pensar por si, mas diz o que ele deve pensar. O profissional da informação age como um porteiro, onde decide o que as notícias vão ou não abordar, fazendo as pessoas pensarem em determinados assuntos, e se alienarem para outros. Isso é o que chamamos de Agenda Setting, e podemos observar o constante uso dessa teoria no decorrer do filme. O fato de se criar uma guerra mexe com as emoções do telespectador. Além de chamar a total atenção, Piaget