Analise do Filme Contato
O filme traz consigo uma grande discussão sobre ciência, senso comum e fé. A protagonista, Drª. Ellie é uma pessoa extremamente empírica e cética quanto a explicações metafísicas sobre a natureza e o universo – e isso inclui a noção de Deus, concebida pela maioria dos humanos -, por esse motivo a doutora busca “sinais” vindos do espaço onde ela possa satisfazer a sua necessidade de saber se existem outros indivíduos além dos existentes na Terra – desde pequena a doutora foi estimulada pelo seu pai a escutar transmissões sonoras por um radio simples -. Nessa grande trama, aparece um escritor religioso, Joss, que consegue ter uma relação mais íntima com Ellie onde, após algumas conversas e propostas de dúvidas para a doutora, a contempla com uma das frases mais notórias do filme: “Não sei se existe vida em outros lugares. Mas se fôssemos só nós, seria um imenso desperdício de espaço”.
E é sobre essa dualidade entre a razão e a fé que o filme vai se construindo, onde todos os cientistas do mesmo cunho racional da doutora Ellie indagam sobre a real funcionalidade da máquina e da veracidade da informação vinda do espaço, a mesmo modo que necessitam provar de modo empírico suas dúvidas quanto à existência de outras vidas. A ciência é a busca pela verdade, mas até que ponto a ciência e a fé não podem andar lado a lado? Ellie, como uma real cientista, indaga a fé de Joss como resposta para assuntos como a existência de Deus, a ponto que em uma parte do filme Joss pergunta se ela