Analise De Investimento

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O ano de 2015 vai ser difícil, o crescimento da economia deve ser próximo de zero neste ano e a inflação deve superar a barreira dos 7%. Com isso, a estimativa do mercado para o IPCA de 2015 segue acima do teto do sistema de metas.
A inflação acumulada nos primeiros 60 dias de 2015 é a maior desde maio de 2005, e chegou a 7,7%. Além do número ter superado os resultados dos últimos 10 anos, a inflação acumulada no primeiro bimestre de 2015 supera o teto em mais de 20%, e o centro da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%, em mais de 60%. O mercado internacional e economias estáveis ao redor do mundo, inclusive aquelas em condições de comparação direta com a economia brasileira, buscam sempre o piso da meta, que o Brasil extrapolou em mais de 300% nestes primeiros 2 meses de 2015. Devido aos recentes aumentos em taxas e impostos incidentes sobre a energia elétrica e pelos seguidos aumentos nos combustíveis, o resultado tem relação direta com o descontrole das contas públicas e impacto também direto na alta da taxa de juros. Lamentavelmente, o Governo Federal não dá mostras de que pretende mudar a política econômica e controlar os gastos públicos, desta forma, a tendência é que a inflação não recue tão cedo.
Mesmo com o baixo nível de atividade e com a queda dos preços das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional), fatores que atuam para conter a inflação, a alta do dólar e dos preços administrados como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros, continuam aumentando os seus preços. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que avançou para 12,25% ao ano na semana retrasada, a expectativa do mercado é de 12,5% ao ano no fim de 2015, o que pressupõe um novo aumento na taxa Selic. Para o término de 2016, a previsão do mercado é de que juros somem 11,5% ao ano.

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