Ambliopia

Em nossa pesquisa não encontramos dados suficientes para afirmar com total precisão a existência de relações de causa-efeito de uma condição amblíope com a liberação de neurotransmissores, mas alguns indícios nos levam a crer na possibilidade dessa correspondência e comprovam um vínculo, ainda que indireto. Por exemplo, a ambliopia causada em caso de intoxicação por cobre, ocorre quando há uma ingestão ou retenção diária dessa substância acima de 10mg/dia. Esse excesso pode afetar , entre outros sistemas, o Sistema Nervoso Central, onde o cobre produzirá uma abundância dos neurotransmissores dopamina e epinefrina, os quais causam excitação em massa dos neurônios nas partes cerebrais em que interagem. Podem causar um superestimulação do lobo occipital, centro de processamento visual, que ao ser superestimulado, não consegue interpretar os sinais que recebe dos olhos como deveria, focando a função de um e negligenciando o outro para garantir que a pessoa continue enxergando. Uma outra informação importante a esse respeito é o uso de levodopa no tratamento dessa doença. A levodopa é precursora da dopamina, um dos principais neurotransmissores do sistema extrapiramidal. Seu emprego tradicional é na doença de Parkinson, uma situação clínica classicamente atribuída à depleção de dopamina no músculo estriado. Pelo fato da dopamina não atravessar a barreira hemato-encefálica, o tratamento que intenta aumentar suas concentrações no sistema nervoso central utiliza levodopa, que transportada através da barreira, transforma-se em dopamina. Pesquisas comprovaram que a deprivação visual diminui a concentração de dopamina na retina de galinhas e macacos. Estudos em animais amblíopes por deprivação sugeriram que os neurotransmissores estão envolvidos com a plasticidade da visão e podem restabelecer parcialmente a acuidade visual em gatos adultos. No homem, foi detectada grande quantidade de dopamina nas células amácrinas (neurônios de associação presentes na retina) e