Alzheimer

INTRODUÇÃO - ALZHEIMER

Inicialmente, para compreendermos a Doença de Alzheimer, acreditamos ser necessária a compreensão acerca de memória, já que este é o primeiro declínio percebido em quadros de pacientes com doença de Alzheimer (BEILKE, 2009).
O SNC pode ser comparado a um supercomputador, capaz de processar um número enorme de bits de informação, provenientes de diferentes órgãos sensoriais e, então, determinar a resposta a ser executada pelo organismo. A formação de todas as memórias, conforme Lombroso (2004), requer alterações morfológicas nas sinapses, ou seja, o armazenamento de informações ocorrem em função das sinapses. Novas sinapses devem ser formadas ou antigas precisam ser fortalecidas.
Um modelo bastante utilizado para explicar memória, baseando-se em Beilke (2009), é a classificação quanto a modalidade de informação (visual, tátil, auditiva), de processamento (memória de curto prazo – de registro; e de longo prazo – de consolidação). Ainda pode-se citar memórias quanto ao nível de complexidade, como as de estímulos simples (exemplo da dor de uma picada de inseto), ou memória para informações complexas, que envolve diversos elementos.
Informações sensoriais, como luzes, cheiros e sons, deixam um traço no sistema nervoso por um breve segundo de tempo, e após, desaparecem. Este tipo de memória, a chamada memória sensorial, nos permite experienciar o mundo como um fluxo contínuo, e não em sensações separadas. Podemos fazer uma analogia com um projetor de filmes, que funciona com uma série de fotos estáticas que se seguem uma à outra para parecer uma ação contínua (Gazzaniga&Heatherton, 2005). Após o impulso sensorial ter passado através de sinapses, estas tornam-se tão facilitadas que os impulsos gerados dentro do próprio encéfalo também podem causar transmissão de impulsos através da mesma sequência de sinapses, mesmo sem a entrada de estímulo sensorial. Isto dá a pessoa a sensação de experimentar a situação original, embora, na realidade, se