Allan Bremecke

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INTRODUÇÃO
Não obstante a popularização do treinamento de força e a necessidade de

estimular as adaptações de um treinamento em direção a uma meta específica, as características ótimas de programas desse tipo de treinamento ainda contam com muitas incógnitas a serem fundamentadas na ciência (AMERICAN COLLEGE OF
SPORTS MEDICINE, 2002). Dentre esses parâmetros pouco conhecidos, é possível destacar o efeito agudo que um exercício exerce sobre outro, ou seja, a manipulação da ordem dos exercícios em uma mesma sessão de treino.
Tal manipulação é importante porque esta interage com todas as outras variáveis do programa de treinamento. WATHEN (1994b) estabelece que os exercícios realizados em uma seqüência inadequada comprometem a capacidade do atleta manipular a carga e o volume necessários em cada exercício dentro de uma mesma sessão de treino.
Dessa forma, vários autores (ACSM, 2002; FLECK & KRAEMER, 1987;
SFORZO & TOUEY, 1996; WATHEN,1994a; ZATSIORSKY, 1995) recomendam que as sessões de treino sejam conduzidas a partir de exercícios multiarticulares, que envolvam grandes grupos

musculares e

possuam exigências

de controle

neuromuscular mais complexas, para, então, serem finalizadas com exercícios monoarticulares envolvendo pequenos grupos musculares e, logicamente, com menor demanda de controle do sistema nervoso central.
Por outro lado, em meados dos anos 40 o canadense Joe Weider elaborou uma série de métodos para o treinamento de força. Dentre eles o método da préexaustão, o qual se enquadra nos “Princípios para ajudar a classificar/ordenar os exercícios de força em cada sessão de treinamento” (FAJARDO, 1999; HATFIELD,
2003). A pré-exaustão foi mais amplamente utilizada no início da década de 1970 por
Arthur Jones (DARDEN, 1983) e teve este termo popularmente cunhado cerca de 10 anos mais

tarde

no

âmbito

do

treinamento

de

força

(DARDEN,

1983;

SFORZO&TOUEY, 1996). Os adeptos deste método procuram executar primeiro exercícios monoarticulares

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