Alfabetismo

RESUMO SOBRE ‘ALFABETISMO’
Atualmente notamos que o conceito de alfabetismo é deveras mais complexo do que apenas uma “condição de quem sabe ler e escrever” como na definição de Soares (2003 [1995]:29). Antes dizia-se alfabetizada toda a pessoa que fosse capaz de transcrever fonemas em grafemas e vice-versa. O INAF (Índice de Alfabetismo Funcional) divide as pessoas alfabetizadas funcionalmente em três níveis: Rudimentar; Básico e Pleno baseados em suas competências e habilidades linguísticas. Assim o alfabetismo já não é visto apenas com ligação à leitura, escrita e fala, englobando também capacidades perceptuais, cognitivas, motoras, sociais, afetivas, linguísticas, entre outras. A alfabetização envolve uma pluralidade de capacidades que vem sendo estudadas, abordadas e definidas gradativamente através das pesquisas e teorias. Iniciou-se, ao longo da segunda metade do século XX, diversas teorias e pontos de vista sobre o tema, não invalidando umas às outras, pois é um novo conceito a ser desenvolvido sobre as capacidades e procedimentos envolvidos na questão da alfabetização.
O problema envolvendo o caso é a falta de preparo da maioria das instituições educativas para com seus alunos. Desses níveis de alfabetização, apenas as mais superficiais aptidões de leitura e escrita tem sido cobrada e avaliada por elas. Com a atual sociedade densamente semiotizada, o volume de informação, a globalização, a industrialização, além de outras mudanças, ajudou no despreparo do ensino linguístico. Para resolver esta questão é necessário trazê-la à tona, discuti-la e ascender o ponto desejado. Ensinar a usar e entender como a linguagem funciona, é uma tarefa deveras importante no desenvolvimento e construção da cidadania, indivíduos no alto nível de alfabetismo funcional, corresponde a uma sociedade evoluída e letrada.

(Cap.5, Alfabetismo (s): Desenvolvimento de competências