Alexandre O’Neill- poema

Biografia: Nasceu em Lisboa a 19 de Dezembro de 1924. Era um poeta do movimento surrealista português.
Tinha descendentes irlandeses.
Foi um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa.
Morreu a 21 de Agosto de 1986, também em Lisboa.

Há palavras que nos beijam:

Há palavras que nos beijam Como se tivessem boca. Palavras de amor, de esperança, 
De imenso amor, de esperança louca. Palavras nuas que beijas 
Quando a noite perde o rosto; Palavras que se recusam 
Aos muros do teu desgosto. De repente coloridas Entre palavras sem cor, 
Esperadas inesperadas 
Como a poesia ou o amor. (O nome de quem se ama Letra a letra revelado 
No mármore distraído No papel abandonado) Palavras que nos transportam Aonde a noite é mais forte, 
Ao silêncio dos amantes Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca’

Estrutura:
O poema é constituído por cinco estrofes com quatro versos, a que chamamos quadras. É uma redondilha maior, com sete silabas métricas.

Figuras de estilo
No 15º verso (“No mármore distraído “)-Personificação- onde se atribui características humanas (‘distraído’) a um objeto (mármore).

TEMA:
O tema do poema é as palavras. As palavras despertam em nós diversos sentimentos, pelo simples facto de a pronunciarmos, de a ouvirmos ou até pensarmos nelas.

Podem ser palavras de amor ou amizade que nos ajudam a ultrapassar momentos difíceis.

Como o homem sente o amor e a tristeza no seu dia-a-dia.

O poema também se refere ao nome da pessoa que amamos ao qual pode ser escrito no mármore ou no papel sendo esta palavra escrita sempre com grande significado pela pessoa que a escreve.

Estas palavra podem-nos levar a sitios mágicos onde podemos ser ou estar com quem nós amamos.

Para quem quiser uma apresentaçao de um poema