Alberto Caeiro

Alberto Caeiro
Poema XX
Ao ser efectuada uma leitura breve ao poema que nos foi apresentado, o nosso grupo concluiu quase que de imediato que o poema tratava o menosprezo da sociedade face ao interior do nosso país, visto que o sujeito poético trata no poema a comparação entre o rio
Tejo (que é um rio conhecido, e bem sabido por toda a gente) e o rio da aldeia do sujeito poético que seria um rio tão ou mais interessante quanto o Tejo (mas derivado a ser um rio interior, ninguém tinha conhecimento da sua existência e/ou origem).
Ao longo do poema o sujeito poético desenvolve este tema através de metáforas que simbolizam que Tejo é um rio menos especial por ter as mesmas características que tantos outros rios deste mundo, sendo o rio da aldeia dele um rio especial, visto que ninguém sabe de onde vem e para onde vai, conferindo-lhe um certo secretismo que o sujeito poético toma como importante. O sujeito poético confere um sentido mais universal ao rio Tejo visto que este vai desaguar ao oceano, oceano esse que faz ligação com todos os continentes, ou seja, o sujeito poético novamente acentua a banalidade deste “grandioso” rio, ao conferir-lhe um valor comum.
O sujeito poético inicia o poema com uma contradição, ao dizer que o Tejo é mais belo que o rio da terra dele e ao mesmo tempo que não o é. Ele explica este paradoxo recorrendo ao valor de ser da terra em questão demonstrando logo o favoritismo que apresenta entre a sua terra e o Tejo.
O sujeito poético ao dizer “e por isso pertence a menos gente,/é mais livre e maior o rio da minha aldeia”, ele explica precisamente que o numero de pessoas que têm conhecimento do rio que atravessa a aldeia dele é reduzido, e visto que a “posse” de um rio é meramente simbólica, o sujeito poético justifica o facto de afirmar que o rio da aldeia dele
“(…) pertence a menos gente”, referindo-se a “posse” como conhecimento.
O sujeito poético apresenta uma comparação entre o rio Tejo e o rio da aldeia dele,