Aids
Os primeiros casos foram reconhecidos nos Estados Unidos, em função de um conjunto de sintomas, em pacientes homossexuais masculinos provenientes de grandes cidades norte-americanas. Logo começou a surgir casos entre heterossexuais e crianças recém-nascidas. Apesar disso, as principais características epidemiológicas continuaram sugerindo que a doença era infecciosa, transmitida por via sexual, vertical e parental.
Somente em 1984, quando milhares de americanos já haviam contraído a doença, que o retrovírus, considerado agente etiológico da AIDS, foi descoberto. Depois das disputas da comunidade científica, serem devidamente esclarecidas, chegou-se ao consenso de denomina-lo HIV, ou, em português, vírus da imunodeficiência humana.
Em 1985 estava no mercado um teste sorológico de metodologia imunoenzimática, para diagnóstico da infecção pelo HIV que podia ser utilizado para triagem em bancos de sangue.
Os Primeiros Medicamentos
Em 1986, foi aprovada pelo órgão norte-americano de controle sobre produtos farmacêuticos FDA (Food and Drug Administration), a primeira droga antiviral, a azidotimidina ou AZT. Este revelou um impacto discreto sobre a mortalidade geral de pacientes infectados pelo HIV.
Em 1994, um novo grupo de drogas para o tratamento da infecção passou a ser estudado. Estas drogas demonstraram potente efeito antiviral isoladamente ou em associação com drogas do grupo do AZT (daí a denominação "coquetel"). Houve diminuição da mortalidade imediata, melhora dos indicadores da imunidade e recuperação de infecções oportunistas. Ocorreu um estado de euforia, chegando-se a falar na cura da AIDS. O coquetel reduziu de forma significativa a mortalidade de pacientes com AIDS. Entretanto, logo se percebeu que não eliminava o vírus do organismo; além de provocar efeitos colaterais por conta do grande