agonia e extase

453 palavras 2 páginas
Trabalho de Filosofia

Tendo como fonte o filme americano locado na Itália Agonia e êxtase (1965), centrado na demorada execução das pinturas dos afrescos no teto da Capela Sistina, no Vaticano, e no complicado relacionamento entre o mecenas que encomendou a obra, o papa Júlio II, e seu grande autor, o genial pintor Michelangelo, vemos como o mecenato funcionava ao mesmo tempo, na época, o século 16, como elemento facilitador e complicador do trabalho do artista. Facilitador porque possibilitava a cada artista contemplado o acesso às caras matérias-primas e aos caros instrumentos de trabalho, e garantia ao criador a sobrevivência digna durante o tempo necessário para a execução da obra e mesmo além desse período.
Fator complicador porque tirava do artista o pleno controle sobre sua própria criatividade. O filme mostra como Michelangelo se julgava um escultor, e não um pintor; por isso não queria aceitar a encomenda das pinturas no teto da Capela Sistina. No entanto, foi forçado a isso, não só por necessidade de sobrevivência – como se fosse um assalariado obrigado a alugar sua força-de-trabalho para subsistir –, mas também pela coerção extraeconômica, dado o poder espiritual, temporal, político, militar e policial de que o papa dispunha naquela época.
Michelangelo foi forçado também a aceitar, inicialmente, uma temática não de sua criação para as pinturas. Insatisfeito com o resultado de seu trabalho, ele destrói os afrescos, abandona o contrato, foge de Roma e se esconde na marmoraria de Carrara, perseguido por soldados do papa. Este se vê contestado por seu patrocinado, num momento em que o papado em particular e a Igreja Católica Romana em geral procuravam reafirmar seu poder em todos os níveis, do religioso ao temporal, passando pelo prestígio e pela cultura, ameaçados pelo crescente descontentamento com o desvirtuamento e desmoralização das duas instituições, o papado e a Igreja.
Mas o filme mostra também

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