africanos

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O estudo do processo de escravização dos povos africanos é essencial para que se compreenda a situação atual de desigualdade no planeta. Revela uma longa história de exploração e subjugação de populações fragilizadas por outras, mais equipadas. Demonstra também que a desestruturação econômica e cultural tem efeitos desastrosos de longa duração.

Do ponto de vista econômico, a escravidão foi uma forma eficiente de acumulação primitiva. No que diz respeito às pessoas, foi uma violência irreparável, que pressupõe, dentre outros fatores, a existência de povos muito pobres, mão de obra excedente que possa ser explorada em benefício de uma minoria. Assim, parte do atual contexto socioeconômico da África de miséria e exclusão é consequência de fatos passados.A escravização do africano pelo africano[editar | editar código-fonte]
Hoje, a escravidão nos choca sob qualquer forma que ela se apresente, todavia, a escravidão africana divergiu profundamente de escravidão racista nas Américas. Por exemplo, o Kouroukan Fouga, a Constituição do Império do Mali veementemente proibe maus-tratos ao escravo em seu artigo 20.4 Além disso, muitos dos povos africanos adotaram o Islã que, por sua vez, prescreve aos crentes tratar os escravos “generosamente” (ihsan) (IV, 36) e considera a alforria como um gesto merecedor e uma obra de beneficência (II, 117; XC, 13).5

Muitos escravos puderam, assim, alcançar posições de poder e influência. No Egito temos o exemplo de Abu al-Misk Kafur, originalmente escravo de origem etíope que se tornou regente do Egito6 . Em Marrocos, destaca-se o político Ibn Marjan (d. 1728), um eunuco negro encarregado da tesouraria, bem como dos servos negros no palácio durante a vida do Mawlay Ismael.7 . No Império Mali, Mansa Sakura, escravo de nascimento, foi libertado e tornou-se um general do exército de Sundiata Keita posteriormente nomeando-se o sexto imperador do império mande. 8 Segundo as crônicas árabes, os regimentos negros, chamados ‘abid al-shira’

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